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Volte a noite

Fragmentos.

Eu sinto que você, meu amigo, é assim como eu.
Sabe como é sentir que pode e não poder.
Eu sei assim como você o que é querer outra margem.
Ter a coragem mas não ter a disputa.
Estar na estrada, mas na beira.
Estamos perdidos? Se sim, estamos aqui lado a lado,
No mesmo ponto de partida.

Já não existem promessas e missões, apenas continuidade.
Esse é o ponto que está tudo claro. O dedicar é a conclusão de nossas utopias.

Aproveito sua companhia para regar o pensamento que me ronda,
Assim como você compartilha o desprazer do inicio prolongado.
As lamentações ficaram para trás, a ingenuidade também.

Como lhe disse um tempo atrás: Não acredito em destino traçado.
Não aceito que estou a caminhar em linhas já escritas,
Isso é para os personagens e não para nós. Eu e você, meu amigo.

Pois assim como você eu sei o que é ter todo um desejo rondando por dentro,
Preso a subúrbios e contramão.
Não lhe peço a mão para acompanhar-me no lamento.
Apenas fique ao meu lado, para juntos chegarmos,
E saber que um dia este sentir foi compartilhado.
A guerra desfeita, os dias mórbidos recuperados,
E essa vida platônica apenas pressa de quem começava.

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